Vamos comemorar

Existem várias versões para a origem do DIA DO PAI. Em nenhuma delas, o Pai Policial foi lembrado. No início de 1999, iniciei uma de forma simples e objetiva, para homenagear nossos pais dentro da Instituição Policial. Parte dós heróicos homens da Lei entrou de plantão e foi o guardião dos demais de todo o Estado, ao aplicara lei. Apesar do dia de festa, vários pais tiveram que ser autuados em flagrante em seu próprio dia, a festa então entra em contradição, mas o Pai Policial, por força de lei e por amor ao social, aplicou a Norma Legal, e só comemorou o dia que também era, seu, quando ouviu pelo rádio de comunicação interna das polícias, a nossa mensagem de PARABÉNS, quando recebeu um cartão de Felicitação, encaminhado pela Administração, e quando, após o trabalho, chegou já no outro dia em sua casa cansado, porém, jamais estressado pela perda do dia, pois a mensagem e o cartão amenizaram a solidão das comemorações do lar.

Passado bonito de ser lembrado, pois mexe com o “EU” do Policial, que ao se sentir amado, transborda todo o seu amor pela coletividade de forma natural, adormecendo momentaneamente o seu individual.

O Dia do Pai, da Mãe, do Namorado, da Criança etc., são dias comemorativos que nunca foram esquecidos. Quando estive em equipe em uma das chefias do Executivo Estadual, por entender que só o amor fraterno e responsável, entre Instituição e servidor, pode conduzir a uma visão alargada da realidade social.

Com esse humilde gesto buscamos concretamente soluções para algo que estava e já está muito ruim de novo, e pode ficar ainda pior, se esquecermos em 06 de Outubro (Dia da Eleição), que Policial é cidadão quando em ação ou não, dentro ou fora da Instituição.

O Pai Policial não pode ser esquecido por sua própria Instituição, em um dia de tanta importância para o sentimento humano, mas como as coisas boas sempre são esquecidas, voltou-se a não homenageá-los.

Aproveito a data para reafirmar aquelas humildes homenagens a meus colegas de profissão. Heróis da vocação policial, que ousaram a ser PAI, FILHO, MÃE, IRMÃO, AMIGO de todos nós (vítima ou acusado), quando no verdadeiro papel do Policial vocacionado que não é parte, é “PAI”. Pois escuta, consola, pede calma, chora, mas não esquece de fazer o seu papel de pai, ao aplicar um dos ensinamentos da sociedade (a Lei).

Feliz Dias dos Pais, meus amados colegas!!!

Ofereço a todos nós, todas as noites, a nossa oração:

Senhor, tudo o que é bom emana de ti. Tu és, senhor, com efeito, a insondável expressão da bondade.

A polícia é um bem, um dos maiores entre todos os que inseriste no imenso contexto da sociedade, para que o relacionamento entre homens seja sempre sereno e respeitoso, a comunidade trabalhe em harmonia, as tuas criaturas vivam em segurança e possam conservar o que lhes é mais caro – a dignidade humana da qual tu mesmo as revestiste.

Protege, senhor, esta instituição. Estende, em seu auxílio, a tua destra poderosa, apoiando-a e sustentando-a com braço firme.

Mesmo diante da incompreensão, ampara a polícia; mesmo perante os maus e irresponsáveis que tentam denegri-la, f aze-a prevalecer em favor da ordem, da paz e do bem-estar de todos os teus filhos. Especialmente no dia de hoje a todos os pais do mundo policial e aos demais do mundo social globalizado. AMÉM.

JOÃO MORAES: Ex-Delegado Geral de Policia, Professor e Especialista em Segurança Pública.